Estende Sobre Nós uma Vulnerabilidade (Suká) de Paz

Rabino Nilton Bonder


 

 

Ao entrarmos nas Festas que nos levam de Rosh Há-shana até Simchat Torá, somos convidados a levantar véus e máscaras para defrontar-nos com nossa vulnerabilidade. Quem estiver ocupado demais para se fazer vulnerável diante da vida e de D’us, certamente não participará da intensidade destes dias.

A Festa de Sukot que conclui esse período é um símbolo da única paz que podemos desfrutar na condição humana. Não é uma paz de controle sobre nós, sobre os outros ou sobre a vida. Trata-se da paz de resgatarmos nossa vulnerabilidade.

Esse é o maior engano em relação à paz e à explicação de porque ela não se concretiza. Acreditamos que estar em paz é estar com tudo o quanto mais controlado possível desfrutando de quanto mais segurança for possível.

E assim nos matamos a nós e aos outros buscando uma condição que foge ao escopo da vida.

Dos dias de Selichot, aos dias de Teshuvá, ao Kipur, à Suká e à dança com a Tora-Árvore da Vida, tire a rigidez de sua crítica, de suas expectativas e de seu controle. O Livro da Vida não é um livro de garantias, mas o Livro da liberdade e da paz daqueles que com fé se abrem a Será o Que Será – o D’us das possibilidades e da vida.

Por um 5765 que seja de alegria e vitalidade, só possíveis com dosagens saudáveis de vulnerabilidade


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