TEVET

é o décimo mês e contém os últimos dias de Chanucá. No décimo dia do décimo mês temos também o jejum que relembra o início do sítio a Jerusalém, que levará à destruição da cidade e de seu Templo.

LETRA: ain. Significa "olho". Este é o mês para retificar e cancelar o "mau olhado" (ain ha-rá). O mês de Tevet significa "bom" (tov) e está associado ao "bom olhar" (ain há-tov). Diz respeito ao fitar das velas de Chanucá no oitavo e último dia da Festa, quando a luz é mais intensa. O fogo pode estar associado a este "bom olhar", que ilumina e aquece no inverno, ou ao fogo destrutivo do "mau olhar", que produz ódio e queima templos.

ZODÍACO: g'di (capricórnio-cabra). O valor numérico da palavra G'di (17) é o mesmo da palavra tov (bom) aludindo ao nome do mês e ao "bom olhado".

TRIBO: Dan. Significa "julgar". É do julgamento que advém o bom ou o mau olhado. O princípio do julgamento é a presunção de inocência e esse é o "bom olhado". É o preconceito e a amargura que promovem o "mau olhado". Diferente da "balança" de Tishrei que pondera, em Tevet o julgamento é forçado para o "bem", para retificar o que já pende para o "mal".

SENTIDO: raiva. Este mês exige força para contrabalançar o que já pende para o "mal". Exige gana e agressividade para esta retificação.

FESTA: Chanucá.

MITSVÁ: acendimento de velas.

Este mês propõe a anulação do "mau olhado" pela afirmação do bem (tevet).
Tudo isso se encontra na força do "olhar", o mesmo olhar que é símbolo deste mês já que nele são acesas as últimas velas de Chanucá. Nas velas da chanukiá está representada a esperança necessária nos momentos mais frios e escuros da vida.

Tudo está no olhar. Não é só o bem ou o mal, mas a esperança ou o desespero.
A luz no final do túnel é a luz que se pode intuir na fé e na confiança e não uma luz garantida. Saber ver o que não é visível é a única forma de ultrapassar as trevas e a incerteza. Para tal temos que estar mirando o "bom", o tov.
Essa é a essência deste mês e o desafio espiritual das entranhas do inverno.

 
 
KISLEV